Há tempos venho pensando neste assunto e hoje resolvi escrever um pouquinho sobre ele.
Acredito que a violência doméstica (vamos falar mais especificamente de homens contra mulheres - marido contra esposa) seja bem mais comum do que qualquer um de nós possa imaginar. Infelizmente.
Acredito também que o medo que domina todas essas mulheres é o grande responsável pelo aumento diário no índice de mulheres que sujeitam-se a este tipo de abuso.
Daí, fico vendo na TV casos de estupro e as pessoas comentando o quanto são absurdos. Mas as mesmas que comentam, muitas vezes, aceitam violências tão brutais quanto ou até piores.
Nunca vivi isso, mas creio que deve ser como o alcoolismo: depois que passa aquele momento, a pessoa sempre deve prometer que foi a última vez, que não vai acontecer novamente, que ficou nervoso, etc, etc, etc. E a mulher, para manter sua promessa de "casamento eterno" ou para preservar a família ou porque não trabalha e depende deste marido... acaba aceitando esta promessa, querendo acreditar mas sabendo que, na verdade, vai acontecer novamente e talvez até pior.
Você, mulher, que aceita isso, deve pensar além de vocÊ. Pois o seu amor próprio já está ferido, escondido e nem aparece mais. Mas pense nos seus filhos. Pense que vc também os está machucando aceitando essa violência. E se eles não percebem ou não vêem... amanhã eles irão apanhar, amanhã eles terão vergonha de saber tudo o que você aguentou. Pense que numa dessas "brigas", seu marido pode sim deixar sequelas graves em você e aí, quem vai cuidar dos seus filhos?
Então... se você tem medo de denunciar, busque formas para, aos poucos, se estruturar e sim, denunciar e recomeçar sua vida.
É isso que você precisa. Ter forças para recomeçar. Para encontrar o seu amor próprio, sua vontade de viver, sua alegria interior. E quem sabe um dia, até encontrar um amor de verdade, que queira o seu bem e não te maltrate?
Pense nisso!
Sei que não deve ser nada fácil! Aliás... deve ser muito difícil. Mas tudo tem seu primeiro passo. E este passo é você quem deve dar. O "basta!" tem que partir de você! Encontre amigas em quem você confia, comece a conversar, crie forças, encontre maneiras de denunciar e as coisas não piorarem.
E se você acha um absurdo a ideia da denuncia, pense da seguinte forma: seu filho foi pra escola e chegou em casa todo machucado pois estava voltando da escola em apanhou de uma pessoa. Essa pessoa merece sua denúncia, certo? Então, qual a diferença de denunciar um estranho que bateu no seu filho e o seu marido (que devia te amar, te dar amor, carinho, ser fiel e companheiro) que bate em você com frequencia?
É por falta da denúncia, da atitude das mulheres que infelizmente vemos com mais frequencia do que gostaríamos, casos na TV como o da garota Eloá, o caso da Eliza (morta pelo goleiro Bruno), o de Mércia Nakashima, entre tantos outros. Você quer aparecer como elas?
Faça sua escolha! Escolha a vida. Escolha ser feliz. Escolha ser saudável e poder viver tranquilamente.
Deixo aqui um pouco do que encontrei na
Wikipedia sobre o assunto!
Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro.
Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão directa, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo (patrimonial); violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, jurídicamente produzindo danos morais; e violência sócio-económica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos. Enquadradas na tipologia proposta por Dahlberg; Krug, na categoria interpessoais, subdividindo-se quanto a natureza Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e abandono. Afetando ainda a vida doméstica pode-se incluir da categoria autodirigida o comportamento suicída especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio de familiares) e de comportamentos de auto-abuso especialmente se consideramos o contexto de causalidade. É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e filhos. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar".
Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção mútua e expectativas de reação de ambas as partes calcada nos preconceitos e/ou experiências vividas. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso.
Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais irritável e agressiva especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio, o que pode dificultar a decisão da parceiro em denunciá-lo.