sábado, 22 de janeiro de 2011

Miss Imperfeita

recebi um e-mail de uma amiga e ainda não tinha lido! Hoje, li e achei a mensagem óóótima.
Se você é como eu e como muuitas mulhrees, que fazem mil coisas ao mesmo tempo e ainda acha que falta fazer alguma coisa, leia este texto, reflita. E na minha lista, já adicionei o CULPA ZERO!
Faça o mesmo!
Boa leitura



'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado,  decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prata, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'
(Martha Medeiros - Jornalista e escritora)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tem dias...

Tem dias que a gente acorda com vontade de nada. Ou tudo.
E nestes dias a gente acha que não vai fazer nada de bom e ao mesmo tempo quer fazer tudo de melhor.
É complicado saber entender estes sentimentos que se misturam com nostalgia, "depressão", tristeza, euforia, alegria...
Ao mesmo tempo que a gente tem vontade de enfiar a cabeça no buraco e não sair mais, a gente tem vontade de abraçar o mundo, falar com os amigos, fazer o que gosta?
E aí, fazer o quê? Ficar ou correr.
Eu prefiro correr, literalmente.
Correr até cansar, até a endorfina percorrer todo o corpo, passar por todas as veias e deixar seu rastro em todo o seu sangue.
Porque a tal da endorfina é tão viciante e mágica que cura qualquer dor, tapa qualquer buraco, enche de prazer e alegria todos os cantos que estavam com um resquício de sentimentos negativos, tristeza, solidão, dor, amargura.
Se a geração esporte não te cativa pelo lado da saúde, que você se sinta incentivado pelo lado do prazer, pela adrenalina e endorfina liberada no seu organismo, tão saudável que contagia.
Uma mensagem pra se pensar no fim de semana....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Amizade?

Nos últimos dias tenho pensado bastante sobre amizade...

Era uma vez... Um belo dia meu irmão resolve nos apresentar a namorada (hoje, esposa). Uma menina bonita, educada, sabe conversar, agradável, atenciosa, etc, etc, etc. E eis então que percebo o quão especial ela é. Ao longo dos anos, convivemos acho que até bem demais e eu tenho verdadeira paixão e admiração por ela.
Então, ela tem uma amiga! A Carol. E esta amiga resolve ser Aupair nos EUA.
Sempre achei a amizade delas além da amizade. Algo que não tem palavras para explicar. Mas até chegar próximo do dia da tal viagem (de um ano em outro país), não tinha parado ainda para pensar sobre elas e nem sobre o que é realmente uma amizade.
Então, eis que isso tudo começou a borbulhar na minha cabeça semana passada, quando percebi que a Carol queria sim ir viajar mas colocava do lado brasileiro da balança a família, os laços e, claro, a amiga.
E do outro lado, a amiga, que incentivou, apoiou, torceu e torce para que dê tudo certo e seja uma viagem boa.
Mas então, vamos ao assunto: a amizade!
Comecei a pensar sobre isso e vi que ter um amigo muitas vezes é algo para a vida toda, realmente. Que nem tempo, nem distância nem nada jamais serão capazes de separar. A amizade verdadeira se afasta, se distancia, mas não acaba. O amigo sempre vai ter a preocupação com o outro, se está bem, feliz, se fez as escolhas corretas e sempre vai querer o outro por perto, por mais longe (física ou emocionalmente) que esteja.
Acho que amizade é algo difícil de definir. Lemos e vemos o tempo todo tantas palavras sobre isso. Mas raramente pensamos no que elas realmente significam ou o quanto são "pesadas". E sabe por quê? Porque percebi que só quem realmente vive e presencia sabe o que significa.
Devo dizer que fiquei muito feliz e orgulhosa de perceber que estas verdadeiras amizades ainda existem. E que não fazem estardalhaço, não ficam gritando por aí. Elas existem, simplesmente.
É um amor puro, verdadeiro. Algo bem semelhante ao amor de pai, mãe, irmão, de marido e mulher. às vezes, até maior que muitos outros amores "mais comuns".
Sou admiradora deste sentimento verdadeiro, fiel, companheiro, sincero. E agora, mais ainda, por presenciar de perto e perceber como é profundo!

Isso não significa que não tenha amigos. Sim, tenho! Não são muitos (levante a  mão quem tiver as duas mãos cheias de amigos de verdade assim!!!). Mas acho que nunca passei por esta prova, de afastar e sentir assim....